Bebê de 2 meses morre após passar mal em posto de saúde de Salvador; polícia investiga caso
29/04/2025
(Foto: Reprodução) Caso aconteceu na Unidade de Saúde da Família (USF) Aristides Maltez, no bairro de São Cristóvão. Causa da morte será revelada após laudo do Instituto Médico Legal (IML). Instituto Médico Legal (IML) de Salvador
Alan Oliveira/G1
Um bebê de 2 meses morreu após passar na tarde de segunda-feira (28), após atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF) Aristides Maltez, no bairro de São Cristóvão, em Salvador.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o bebê, identificado como Brian Vinícius Morais Primo, foi levado para a unidade de saúde pela mãe e apresentou mal estar após aplicação de vacinas.
De acordo com a SMS, equipes da unidade de saúde e profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) tentaram a reanimação, mas o menino não resistiu.
O bebê tomou as seguintes doses:
Rotavírus (via oral): protege contra a gastroenterite, que causa vômito, diarreia e, se os sintomas persistirem, desidratação e danos a órgãos. O imunizante é indicado para bebês com idade entre 2 e 7 meses.
Pneumocócica (injetável): protege contra infecções no ouvido e na corrente sanguínea, sinusite, pneumonia e meningite.
Pentavalente (injetável): imunização contra difteria, tétano, coqueluche, a bactéria haemophilus influenza tipo B (responsável por infecções no nariz e na garganta) e hepatite B. Elas devem tomar três doses, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi aberto na delegacia do bairro de Itapuã e o corpo do bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, onde será necropsiado. A causa da morte será definida após os laudos periciais.
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Através de nota, a SMS reforçou que todas as vacinas aplicadas na rede pública seguem rigorosamente os padrões de qualidade e segurança determinados pelo Ministério da Saúde. Acrescentou que todo o processo foi conduzido com seriedade e transparência que a situação exigiu.
A secretaria se solidarizou com a família e se colocou à disposição para prestar apoio necessário e prestar esclarecimentos para a polícia.
A pediatra Monique Gonçalves afirmou que as vacinas que o bebê foi imunizado têm alta eficácia e segurança.
“O número de mortes atribuídas diretamente às vacinas é extremamente baixo e os benefícios da vacinação superam imensamente os riscos", contou a pediatra.
Ela explicou que a chance de uma reação grave, como uma anafilaxia, resposta alérgica extrema, é baixa, mas não pode ser descartada.
“Em alguns casos, a criança pode ter uma condição cardíaca ou neurológica silenciosa, não percebida pelos cuidadores ou pela equipe médica, que pode se manifestar de forma súbita após um estímulo como a vacina", detalhou.
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