Peixes-leões são capturados na Baía de Todos-os-Santos e no interior baiano; espécie invasora ameaça fauna brasileira
02/10/2025
(Foto: Reprodução) Peixe-leão é capturado em Itaparica e Prado
Dois peixes-leões foram capturados na Bahia, na quarta-feira (1º). A espécie invasora é uma ameaça para a fauna marinha no Brasil, uma vez que não possui predador natural. Os espécimes foram encontrados na Ilha de Itaparica, localizada na Baía de Todos-os-Santos (BTS), e na cidade de Prado, no extremo sul baiano.
Segundo informações do grupo Bioinvasão Marinha na Bahia, o espécime do peixe-leão capturado em Prado foi encontrado no distrito de Cumuruxatiba. O grupo de trabalho informou que, até a publicação desta reportagem, já foram registrados seis avistamentos da espécie invasora em 2025. Os animais foram vistos em:
Morro de São Paulo (17 de fevereiro), distrito de Cairu;
Salvador (29 de abril);
Taipu de Fora (19 de julho), na Península de Maraú;
Porto Seguro (14 de agosto);
Itaparica e Cumuruxatiba (1º de outubro).
Pesquisadores do Programa Ecológico de Longa Duração dos Ecossistemas Marinhos da BTS já identificaram 36 espécies exóticas invasoras nas águas da Bahia. Os especialistas apontam que ainda não é possível mensurar os impactos causados por algumas das espécies exóticas que já se estabeleceram no ecossistema brasileiro.
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VÍDEO: peixe-leão é capturado na Baía de Todos-os-Santos e cidade do interior da BA
Geraldo Ramos da Silva
Entretanto, os impactos da presença do peixe-leão nas águas da Baía de Todos-os-Santos já foram esclarecidos, uma vez que o animal é um predador voraz da fauna nativa e é venenoso. O peixe-leão tem origem no Indo-Pacífico e, conforme pesquisadores, chegou ao Brasil principalmente de forma acidental. Isso pode acontecer das seguintes formas:
transporte por navios: a maioria dessas espécies chegou à baía por meio de embarcações que trafegam pela região;
fixação nos cascos: elas viajam presas aos cascos dos navios, facilitando sua dispersão para novos ambientes;
plataformas de petróleo: algumas espécies também são transportadas em estruturas como plataformas marítimas;
correntes marinhas: no caso específico do peixe-leão, a dispersão ocorre pelas correntes oceânicas.
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