Homem é condenado a 25 anos de prisão por matar namorada de 15 anos na BA; vítima carregava filha bebê quando foi assassinada
21/08/2025
(Foto: Reprodução) Feminicida é condenado a 25 anos de prisão na Bahia
Fabrício Silva dos Santos foi condenado a 25 anos e nove meses de prisão em regime fechado por matar a namorada Leidiane Vitória Cristo de Souza, de 15 anos, em Salvador. O crime aconteceu em 9 maio de 2024 e o júri popular ocorreu na quarta-feira (21).
Segundo familiares, o crime ocorreu depois que Leidiane tentou ver mensagens no celular do namorado. Ela estava no banheiro da casa dele e segurava a filha do casal, que tinha oito meses, quando foi baleada.
Ao ser atingida, a adolescente caiu e cortou a cabeça ao bater no vaso sanitário. A bebê também caiu e teve escoriações.
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Adolescente de 15 anos é morta a tiros e namorado é procurado suspeito de cometer crime.
Reprodução/Redes Sociais
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O suspeito, que na época tinha 19 anos, fugiu após o crime. Ele foi preso cerca e uma emana depois e disse, em depoimento à polícia, que matou a namorada por ciúmes.
O g1 teve acesso ao documento do júri popular, do Tribunal de Justiça da Bahia. Nele, é relatado que o suspeito tem uma personalidade extremamente violenta e de menosprezo à condição de gênero feminino. Também é citado que ele faz parte de uma facção criminosa e costumava ostentar armas nas redes sociais.
O crime foi tipificado como feminicídio qualificado e Fabrício não poderá recorrer em liberdade.
Histórico de agressões
De acordo com a família de Leidiane, Fabrício tinha histórico de agressões contra a adolescente. A mãe da vítima, Lilian Castro, contou que tentou alertar a filha sobre o relacionamento abusivo.
"A gente não aceitava ela com ele, mas ela falava que o amava. Eu dizia que isso não era amor, falava que ele não gostava dela, mas ela achava que gostava", lamentou.
A mãe da adolescente afirmou ainda que Leidiane Vitória aparecia com marcas de agressões físicas em casa, mas que, por medo, negava que Fabrício era o autor. Leidiane tentou terminar o relacionamento algumas vezes, mas reatou após receber ameaças.
"Ela dizia que não ia voltar, mas ele ligava insistindo. Ligava falando que ia matar se ela não voltasse. Pois ele cumpriu", afirmou o pai da vitima, Edenilton Souza.
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